quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Ferrari Dino 246 GT (1969)










246 GT foi uma evolução do Dino 206 GT, com um novo motor V6 e um alongamento de 60mm entre eixos. Além de ligeiramente mais encorpado, o design é praticamente idêntico, com apenas uma tampa do motor mais longa e e tampa de combustível reposicionada. O 246 GT provou ser um grande sucesso comercial, e foram produzidas 3 séries durante sua vida útil. Quando a produção parou em 1973-74 a sua procura ainda era grande.


 Durante 1969, quando o Dino 206 GT deu lugar ao seu sucessor Dino 246 GT, Enzo Ferrari chegou a um acordo com Gianni Agnelli da Fiat para assumir a parte de produção do modelo da Ferrari. Neste momento Enzo Ferrari, já com mais de 70 anos de idade, e para além de assegurar o futuro a longo prazo do negócio de produção em série, é libertado das responsabilidades quotidianas do mesmo, o que lhe deu mais tempo para se dedicar ao seu primeiro amor, o departamento de competição.




O Dino 246 GT fez sua estreia oficial no Turim Show, em Novembro de 1969, embora o ciclo de produção já tinha começado. Foram produzidos um total de 81 exemplares que foram concluídos até o final do ano de 1969. Visualmente, o 246 GT era quase idêntico ao 206 GT além da tampa do depósito de combustível que está sobre a aba de vela do painel esquerdo. Na realidade, havia mais diferenças do que inicialmente parecia à primeira vista. Para além do aumento da capacidade do motor de 2 litros para 2.4 litros, o material do bloco do motor foi modificado de alumínio de ferro fundido. Outra alteração, não muito perceptível ao olhar casual, foi o acrescimo da distância entre eixos, que era 2.280 mm no 206 GT, e passou a 2.340 mm no 246 GT. Um aumento no diâmetro dos tubos de escape duplos também fez parte desta alteração estética.
Durante o período de produção do Dino 246 GT 1969-1974, não houve grandes alterações a quaisquer recursos, apesar das várias alterações e os detalhes fizeram a diferença, levando a três séries conhecidas como "L", "M" e "E ". Isto é para além das diferentes versões do mercado, e o modelo Targa 246 GTS.


De um modo geral, da série "L" foram produzidos no final de 1969 e durante 1970. As rodas são fixas com um único parafuso central "Knock-off", pára-choques da frente dividido ao centro para acesso da grelha de arrefecimento, luzes de matrícula fixas no para-choques traseiro,os encostos de cabeça montados na antepara traseira. O material do corpo é de aço com o capot frontal de alumínio.
A série "M" foi produzida por um curto período de tempo, no início de 1971, tinham cinco parafusos de fixação para as rodas do veículo, encostos de cabeça dos assentos integrados no assento, além de alterações em alguns detalhes  no motor e caixa de velocidades, enquanto o chassi recebeu uma modificação, resultando num aumento de 30 milímetros na traseira.
A Série "E" foi produzida desde o início de 1971 até o fim da produção em 1974. Incorporaram todas as mudanças da série "M", juntamente com outras modificações no motor e caixa de velocidades. O posicionamento da haste do limpa pára-brisas mudou do centro para a direita, em veículos com volante à esquerda, enquanto os que tinham volante à direita mantiveram a haste na posição central. O canhão da fechadura da porta também foi recolocado ligeiramente mais abaixo. Os pára-choques compunham só os cantos deixando ao centro a grelha frontal e atrás a zona da matrícula, as condutas de arrefecimento por debaixo do pára-choques dianteiro passaram de aberturas rectangulares simples a entradas circulares, a luz da placa de matrícula traseira tornou-se numa unidade rectangular cromada montada na extremidade da tampa da mala.

A versão do mercado dos EUA foi introduzida no final de 1971, facilmente identificável pela alteração na iluminação. O modelo USA não tinha os intermitentes laterais, mas sim uns farolins rectangulares de iluminação de presença quer no guarda-lama dianteiro quer no traseiro. O modelo 246 GTS, com um painel de tecto removível, foi apresentado na Primavera de 1972 no Salão de Genebra. Para além do painel de tecto amovível, que pode ser identificado pela omissão dos vidros laterais, os quais foram substituídos por um painel de metal simples com três saídas de ar do habitáculo rectangulares. No final do ciclo de produção, as jantes "Campagnola" foram substituídas pelo modelo "Cromodora" com um design diferente e mais largas, juntamente com cavas das rodas alargadas e assentos modelo "Daytona" mais elaborados com barras horizontais mais finas.
Como já vimos foram construídos sobre um chassi 2340 milímetros de distância entre eixos, construído ao longo das mesmas linhas do anterior 206 GT. Foi modificado duas vezes durante o período de produção, e tendo em conta os números de referência do tipo de fábrica 607L, 607M e 607E. O número de seqüência de numeração do chassi, que tinha começado com o 206 GT, continuou em uso em todo o ciclo de produção. Mecânicamente o Dino 246 GT conta com disco ventilados as 4 rodas, em conjunto com suspensão independente.

Motor Ferrari 246 GT
O motor volta a ter configuração de 65º uma capacidade total de 2418cc diâmetro e curso de 92,5 milímetros x 60 milímetros, tendo como referência de fábrica 135 CS. O bloco do motor era em ferro fundido, enquanto que as cabeças dos cilindros e várias outras peças eram de uma liga silumin (alumínio e Silicio). O motor transversal com caixa de cinco velocidades totalmente sincronizada. Alimentado com um banco de três carburadores duplos Weber 40 DCN F / 7 na Série "L" e "M" , e com carburadores duplos Weber 40 DCN F / 13 na série "E" com um distribuidor e um sistema de ignição Marelli transistorizada, para produzir uma potência de 195 HP.
Apesar da evolução da carroçaria do Dino na versão de competição, não havia praticamente nenhuma diferença para os modelos de estrada. O único realce desportivo deste modelo esteve nas 24h de Le Mans em 1972, quando o extremamente modificado a nível de motor 246 GT, Chassis  nº02.678, foi inscrito pela North Racing Team Luigi Chinetti, dirigido por Gilles Doncieux / Pierre Laffeach / Yves Forestier. Este  246 GT não conseguiu mais que um  17º lugar na geral e um 7º lugar no índice de desempenho da categoria. Entre 1969 e 1974 foram produzidos 2.487 Dino 246 GT e 1.274 na versão 246 GTS produzidos entre 1972 e 1974.


Modelo apresentado
Ferrari "Dino" 246GT
Hot Wheels Elite na cor vermelho.

Ferrari 246 GT
Ferrari 246 GT
Perfil lateral muito bem delineado com uma ondulação nas cavas das
rodas muito realista.
A pintura no geral tem uma elevada qualidade de acabamento.

Ferrari 246 GT
A parte dianteira em forma de cunha.

Ferrari 246 GT
O para-choques dianteiro cromado com uma inserção central a imitar
borracha. 

Ferrari 246 GT
O intermitente lateral redondo de cor laranja, perfeitamente dimensionado
e bem posicionado.

Ferrari 246 GT
As jantes Cromodora estão bem dimensionadas e detalhadas.
Poderiam estar ligeiramente melhor pintadas.
O centro de jante com os 5 parafusos cromados e o centro de jante
com o logo "Dino" Nesta roda algo descentrado. 

Ferrari 246 GT
O enquadramento da porta está perfeito em relação a folgas.

Ferrari 246 GT
Acompanhando as portas e terminando na ilharga temos a entrada de ar do motor.
Infelizmente a HW optou por não fazer esta entrada de ar furada na carroçaria o que realmente
é uma pena. No seu lugar foi pintada uma bola para simular profundidade. 

Ferrari 246 GT
O canhão da porta está extremamente perfeito.
Bem dimensionado e bem detalhado.
O canhão é em alumínio.

Ferrari 246 GT
Como não poderia deixar de ser. em cada embaladeira traseira o logo do carroçador
em alumínio de alta definição "Pininfarina".

Ferrari 246 GT
Os vidros das portas entre abertos dão um enorme realismo ao modelo.
O enquadramento ddos vidros laterais também está bastante perfeito.

Ferrari 246 GT
No topo do painel da porta está o comando de abertura em cromado.
Algo artificial mas representa bem o real.

Ferrari 246 GT
O aro da porta acompanha a sua abertura, juntamente com o vidro de custódia triangular.

Ferrari 246 GT
Na zona superior dos vidros está aplicado um friso cromado em toda a envolvente dos vidros.
Este friso é pintado mas muito realista e pormenorizado.

Ferrari 246 GT
O vidro traseiro de custodia tem um pequeno friso cromado de detalhe.
Um pormenor bastante interessante.
A qualidade do plástico também denota muita transparência.

Ferrari 246 GT
Os pneus de borrachade reproduzem o piso na perfeição.
Não tem qualquer tipo de lettering.
Ferrari 246 GT
A traseira deste Dino mantém a estructura dos modelo da época.
Farolins redondos e para-choques fora da carroçaria.

Ferrari 246 GT
A traseira deste modelo é bastante elegante não tendo
qualquer tipo de deflector de ar.

Ferrari 246 GT
Aqui podemos ver parte do para-choques traseiro, que tal como
o dianteiro é cromado com o centro a imitar borracha,

Ferrari 246 GT
Os farolins redondos assentes sobre bases cromadas, temos vidros texturados.
Aqui representados o indicador de direcção a laranja e as luzes de presença e stop em vermelho.

Ferrari 246 GT
O sistema de escape também está perfeito.
Podemos ver parte da panela terminal de escape e as 2 saídas duplas.

Ferrari 246 GT
Em pormenor podemos apreciar as ponteiras cromadas e ligeiramente recortadas a 45º

Ferrari 246 GT
Ao centro da traseira, na zona mais abaixo, um farolim
de marcha atrás. Branco com o vidro texturado e algo artificial por sinal.

Ferrari 246 GT
Ao centro da traseira a placa de matrícula em alumínio.

Ferrari 246 GT
Na traseira, junto a matricula temos a legenda do modelo
Dino GT em aluminio.

Ferrari 246 GT
O interior da tampa da mala em preto fosco.
No topo da mala temos os 2 farolins de chapa de matrícula
fixos sobre uma base cromada.

Ferrari 246 GT
O interior da bagageira em veludo preto.

Ferrari 246 GT
Na zona da traseira está detalhado o sistema da fechadura da mala muito realista.

Ferrari 246 GT
O óculo traseiro côncavo está extremamente realista e sem marcas de fixação.
Em todo o envolvente do vidro temos um friso cromado.

Ferrari 246 GT
As ilhargas traseiras tem uma pequena aba na carroçaria.

Ferrari 246 GT
No pilar traseiro esquerdo está situado o tampão de combustível, da cor da carroçaria.

Ferrari 246 GT
Na porta do condutor o espelho retrovisor está bastante bem posicionado embora o espelho
não denote grande qualidade.

Ferrari 246 GT
Visual dianteiro do espelho retrovisor.

Ferrari 246 GT
Passamos agora a detalhar a frente do Dino 246 GT

Ferrari 246 GT
Os para-choques dianteiros tal como os traseiros, cromados e com uma protecção a
imitar borracha.

Ferrari 246 GT
O farol principal não tem qualquer vestígio de marcas de fixação.
Extremamente realista com o vidro texturado.
Está fixo sobre um aro cromado.
Podemos também apreciar a perfeição da concavidade do guarda-lamas dianteiro para albergar
este farol principal.

Ferrari 246 GT
Um pouco mais a frente está situado o intermitente.
De um formato particular com o vidro texturado.
Ferrari 246 GT
Entre os 2 para-choques dianteiros temos a grelha de arrefecimento do radiador de agua.
A grelha é aberta e as dimensões estão bastante correctas.
A placa da matrícula em alumínio faz parte da frente deste Dino.

Ferrari 246 GT
O logo neste caso não é Ferrari mas sim o que lhe foi designado.
O logo "Dino" poderia estar melhor definido, a simples vista parece logo um auto-colante.

Ferrari 246 GT
O capot dianteiro alberga uma pequena bagageira e o cofre do pneu suplente.

Ferrari 246 GT
Os pequenos recortes no capot servem para entrada de ar no habitáculo.
Estão recortados no capot na totalidade.

Ferrari 246 GT
O para-brisas tem um friso preto a fazer o enquadramento.
As escovas limpa vidros são em alumínio e estão bastante bem dimensionadas. 

Ferrari 246 GT

Ferrari 246 GT
O interior do capot em preto fosco.

Ferrari 246 GT
Do lado direito, junto ao pneu, está situado o saco do liquido limpa-vidros
o saco é feito de silicone transparente e azulada. Muito realista.

Ferrari 246 GT
O pneu suplente é em tudo idêntico aos que equipam o modelo.
O pneu é em borracha.
Do lado esquerdo temos as placas do modelo em alumínio. 
Ferrari 246 GT
Passando aos interiores. O forro da porta está extremamente bem detalhado.
Existe um porta-objectos com o friso cromado. A manete do vidro e o puxador da porta,
este puxador algo artificial. Podemos apreciar também a coluna de som e as marcações do posicionamento
dos parafusos em volta do forro da porta.

Ferrari 246 GT
Os pedais estão bem posicionados e muito bem definidos
com as respectivas marcas das borrachas de protecção.

Ferrari 246 GT
O volante deste modelo surpreende pelo realismo.
Está extremamente bem detalhado e bem dimensionado, a diferenciação entre a cor alumínio dos raios
e o restante. O pinhão central com a furação dos parafusos e ao centro
o logo "Dino" em decalque.

Ferrari 246 GT
O mostrador está bastante bem dividido e relativamente bem estruturado.
Como defeito tem a descentragem dos fundos dos manómetros algo subidos.
Ferrari 246 GT
Nesta imagem podemos ver a definição perfeita do quadro de bordo, com linhas muito realistas.
Abaixo do mostrador está posicionado o canhão de chave simulado com uma peça cinza.
Ao centro do quadro de bordo temos os manípulos da ventilação e abaixo a ventilação central.
Nada foi esquecido no quadro de bordo deste Elite.

Ferrari 246 GT
Ao centro do quadro de bordo estão os 2 difusores de ventilação correctamente posicionados e
bem dimensionados.

Ferrari 246 GT
Do lado direito, no piso está detalhado o tapete de protecção mas neste caso algo tosco.
Ainda não tinha sido referido mas o piso deste 246 GT é em veludo creme.

Ferrari 246 GT
Na cosola central é onde podemos encontrar alguns detalhes muito interessantes deste modelo.
A alavanca das mudanças com a grelha em alumínio. Ao lado o isqueiro e ligeiramente abaixo
temos a tampa do cinzeiro em alumínio.
De cada lado da consola estão os encaixes dos cintos de segurança perfeitos.

Ferrari 246 GT
Na zona posterior da consola central está posicionada a alavanca do travão de mão, muito bem definida

Ferrari 246 GT
Os bancos tem um corte perfeito tal como a moldagem.
O encosto de cabeça deslocado é um pormenor muito interessante esquecido
na maior parte dos modelos 1:18.

Ferrari 246 GT
Os cintos de segurança em tecido com as presilhas em alumínio.

Ferrari 246 GT
As entradas das portas temos uns frisos pretos que simulam as borrachas de vedação
na perfeição. Mais um detalhe agradável e realista.
Ferrari 246 GT
Entramos assim na descrição do motor.
Neste modelo o motor não é muito visível mas nem por isso
a HW deixou de caprichar nos detalhes.

Ferrari 246 GT
Do lado direito está a placa de identificação do modelo e motor,
em alumínio. Com alguma atenção conseguimos ver o que nela
está escrito. 

Ferrari 246 GT
Do lado direito podemos ver um dos distribuidores de ignição, ou parte.

Ferrari 246 GT
O tampão da agua do motor em cromado. Temos também o tubo de purga saindo do depósito
com uma coloração zul.

Ferrari 246 GT
Ao fundo do lado direito o tampão de óleo do motor em cromado.

Ferrari 246 GT
A caixa do filtro de ar não tem nada a salientar, a não o detalhe das porcas de aperto superiores.

Ferrari 246 GT
O tubo de admissão em espiral com uma simulação de abraçadeira
cromada no seu topo.

Ferrari 246 GT
Na tampa do motor temos as grelhas de dissipação de calor.
As grelhas são abertas na tapa do motor como podemos ver na imagem.

Ferrari 246 GT
 Caixa do filtro de ar está escondida do lado esquerdo do motor.
Ferrari 246 GT
Aberturas do modelo.

Ferrari 246 GT
O detalhamento inferior é escasso.

Ferrari 246 GT
Na zona posterior podemos ver o carter do motor e as panelas de escape terminais.
Os sistemas de suspensão não estão nada detalhados.

Ferrari 246 GT
A zona inferior dianteira só temos a realçar a frente.
Temos 2 grelhas em rede metálica para arrefecimento do radiador.
Os restantes elementos de suspensão não tem qualquer detalhe.

Ferrari 246 GT
Termina aqui a apresentação deste modelo.

De um modo geral está excelente, uns interiores perfeitos.
O dimensionamento da miniatura está excelente e as linhas exteriores muito realistas.

A coloração e pintura estão sublimes e o único que poderíamos considerar menos detalhado será a parte inferior
mas para o caso e tendo em conta o resto da miniatura não deverá ser considerado para qualquer
avaliação de qualidade.